Quando alguém me perguntava o que iria ser quando crescer, eu não demorava muito a responder: ''Quero ser jornalista!'' Era enfático nisso. Enquanto meus ''amiguinhos'' de classe pensavam nas batas de médico, no consultório, no status, eu pensava em escrever...

Vendo os repórteres de TV, ficava encantado com a desenvoltura, com a imagem casada com o texto, com a emoção que passavam...

Quando tinha uns 10 anos de idade, lembro que resolvi criar um ''jornalzinho da familia'', saia entrevistando todos de casa, tios, primos, amigos, etc.. A vontade de ser jornalista veio de berço, creio.

Nas aulas de educação artística, sempre propunha a criação de um tal jornal, onde poderia escrever alguma coisa, um verso, uma poesia, uma angústia, um desabafo..

Tinha 13 anos, estava morando em Manaus e estudava em uma pequena escola, que ficava na vila militar onde morava. Adorava as aulas de português, devorava os livros que a professora emprestava... Sentava na primeira fileira e era o ''queridinho'' da professora Telma. Nesta época, conheci o Mauricio, que era fã de histórias em quadrinhos e desenhava muito bem. Decidimos então, criar um super-herói brasileiro (riam, é meio tosco sim!), eu ficava com a parte de edição e roteiro. Foi uma ótima experiência, nunca tive problemas com texto.

Foi quando a diretora da escola, sabendo da minha vontade de estudar jornalismo, me prôpos que criasse um informativo para a escola. Aquilo só me fez apaixonar pela profissão...

Eu fazia tudo com gosto, elaborava as matérias (que passavam pela supervisão da professora de português), entrevistava os professores, alunos e até os porteiros da escola. Foi uma fase boa. Decidi que realmente era aquilo que gostaria de fazer pelo resto da vida.

Foram encontros e desencontros. Estudei Sociologia por 2 anos, até que me dei conta... aquilo não era minha praia. Não podia mudar o mundo... E a paixão voltou. E voltou arrebatedora... larguei tudo e corri atrás daquilo que realmente era apaixonado: o Jornalismo.

Em 2005, o tão esperado sonho veio. O Jornalismo entrou na minha vida e não deverá sair tão cedo... É uma paixão incondicional....